Profissionais moçambicanos da área de saúde serão formados em iniciação científica nos EUA

O Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o alívio do HIV/SIDA (PEPFAR) e o Fogarty International Center concedeu um financiamento ao Programa Health Professional Education Partnership Initiative (HEPI) implementado pelo consórcio formado pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a Universidade de Califórnia San Diego (UCSD) e o Instituto Moçambicano de Apoio a Educação e Pesquisa em Saúde (MIHER) para formar profissionais moçambicanos da área de saúde em matéria de iniciação científica.

O referido financiamento avaliado em $3,238,965 (três milhões duzentos e trinta e oito mil novecentos e sessenta e cinco dólares americanos) vai apoiar profissionais moçambicanos a desenvolverem pesquisas que possam constituir uma contribuição aos esforços nacionais e globais de alívio ao HIV-SIDA.

Com este apoio, que contempla também outras instituições de ensino e pesquisa de outros países da África Subsahariana, nomeadamente, a Addis Ababa University (Etiópia); University  of  Nairobi (Quénia); Muhimbili University of Health and Allied Science (Tanzânia); Umbara University of Science and Technology  e Makarere University (Uganda), University of Zimbabwe (Zimbabwe), incluindo  o AFREhealth, que é o Fórum Africano para a Investigação e Formação em Saúde.

Espera-se maior coordenação das linhas de pesquisa e reforço da cooperação entre as instituições africanas de ensino e pesquisa em ciências biomédicas, de modo que, de forma consentânea, possam contribuir para o alcance dos objectivos de longo prazo dos seus países, de prestar cuidados de saúde eficazes, abrangentes e acessíveis a todos os seus cidadãos.

Em Moçambique, o Programa HEPI, que visa entre outros objectivos, a formação massiva de profissionais de saúde, com valências para desenvolverem a investigação científica voltada a responder aos problemas de saúde prioritários no país e, garantir a continuidade das realizações e lições aprendidas das anteriores Iniciativas de Parceria, nomeadamente, “Medical Education Partnership Initiative (MEPI)” e “Nursing Education Partnership Initiative (NEPI)” implementadas no país e em mais 11 países da África Subsaariana entre 2010-2015.

É Investigadora Principal do Programa HEPI, a Professora Catedrática Emília Virgínia Noormahomed da Universidade Eduardo Mondlane, cujas linhas de pesquisa assentam nos estudos clínicos epidemiológicos e no desenvolvimento de ferramentas laboratoriais para o diagnóstico de enfermidades tropicais, sobretudo as negligenciadas como a malária, shistosomíase, neurocisticercose e co-infecção pelo HIV.

A Professora Noormahomed e a multidisciplinar equipam por si liderada, que inclui os Profs. Sam Patel, Jorge Ferrão, Alcido Nguenha, Ana Olga Mocumbi, Carla Carrilho, Mamudo Ismail, Jahit Sacarlal, Maria Alexandra Rodrigues, Moshin Sidat e Esperança Sevene, trabalha também, no desenvolvimento de modelos inovadores para a formação pré e pós-graduada de formadores e investigadores com vista ao fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde e, retenção de quadros nas regiões geograficamente desfavorecidas.  

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